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domingo, 19 de janeiro de 2020

Economia global corre risco de recair na Grande Depressão, adverte FMI

Economia global corre risco de recair na Grande Depressão, adverte FMI

18.01.2020

Fonte:
br.sputniknews.com



A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, alertou que a economia mundial corre o risco de mergulhar de novo na Grande Depressão, impulsionada pela desigualdade e instabilidade no setor financeiro.
Uma nova pesquisa, feita pela agência reguladora do sistema financeiro mundial, revelou que uma tendência semelhante à que culminou com o grande colapso do mercado em 1929 já estaria em andamento.
Em meio a seu discurso no Instituto Peterson de Economia Internacional em Washington (EUA), Georgieva indicou que, embora o fosso de desigualdade entre países se tenha fechado nas últimas duas décadas, este fenômeno tem aumentado dentro dos países, um dos quais é o Reino Unido.
"No Reino Unido, por exemplo, os top 10% controlam agora quase tanta riqueza como os 50% da base. Esta situação reflete-se em grande parte da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico], onde a desigualdade de renda e riqueza atingiu, ou está próxima de atingir, máximos históricos", cita o jornal New York Times as palavras da chefe do FMI.
"De certa forma, esta tendência preocupante faz lembrar o início do século XX, quando as forças gêmeas da tecnologia e da integração levaram à primeira idade dourada, a década de 1920, e por fim ao desastre financeiro", destaca.

Volatilidade financeira

Na opinião de Georgieva, novos problemas, como a emergência climática e o aumento do protecionismo comercial, provavelmente causarão agitação social e volatilidade nos mercados financeiros durante esta década.
No contexto das disputas em curso entre EUA e Europa, ela afirmou que "o sistema comercial mundial precisa de melhorias significativas".
O especialista americano em política e finanças Eric LeCompte disse que o FMI transmitiu uma forte mensagem sobre o potencial para outro grande desastre financeiro.
A matriz do Fundo Monetário Internacional (FMI), na capital dos EUA, Washington D.C
CLIFF OWEN
A matriz do Fundo Monetário Internacional (FMI), na capital dos EUA, Washington D.C
"Com a desigualdade aumentando e preocupações de estabilidade nos mercados, temos que levar este aviso a sério", comentou LeCompte ao The Guardian.

China representa desafio para liderança norte-americana na economia mundial, considera especialista


China representa desafio para liderança norte-americana na economia mundial, considera especialista


ECONOMIA



Fonte:
br.sputniknews.com/economia/

16.01.2020

A crescente autonomia chinesa em relação à tecnologia ocidental representa uma ameaça à liderança econômica dos Estados Unidos, comentou Irina Komarova, acadêmica em teoria econômica.
Nesta quarta-feira (15), EUA e China assinaram o primeiro pacote de acordos comerciais. Como parte dos acordos, Pequim aceitou comprar produtos norte-americanos no valor de US$ 200 bilhões (R$ 835 bilhões) ao longo dos próximos dois anos, o que inclui importações de serviços e energéticas, além de produtos industriais e agrícolas.
Desta forma, o país norte-americano espera diminuir o déficit na balança comercial com o gigante asiático para um valor "honesto". Pequim também se comprometeu a proteger os direitos de propriedade intelectual e aumentar o acesso ao seu mercado interno.
"A República Popular da China criou um sistema financeiro e uma base técnico-científica independentes do Ocidente, o que, combinado com um fator de produção como o trabalho, cria uma ameaça direta à liderança econômica mundial dos Estados Unidos", analisou Komarova. A economia chinesa continua progressivamente a ocupar uma parcela cada vez maior do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, se tornando uma economia incontornável em qualquer cenário econômico.
A cerimônia de assinatura do memorando de 86 páginas ocorreu na Casa Branca e contou com a presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do vice-primeiro-ministro da China, Liu He.